domingo, 27 de maio de 2007

Problemas no atendimento, na gestão do negócio, no planejamento de ações promocionais de serviços e produtos são os mais apontados pelo consultor cearense Paulo Marcante como pontos desfavoráveis do comércio varejista maranhense. O segmento é o mais novo foco de trabalho do Sebrae que, em junho, já terá lançado o projeto em todas as 11 Agências Regionais (AR’s) no Estado. O objetivo é dinamizar a atividade varejista, melhorando a maneira de gerir e planejar o negócio, a qualidade do atendimento, o marketing, a oferta de produtos e serviços, dentre outros, para, conseqüentemente, elevar as vendas. Marcante, que treinou e capacitou os gerentes e consultores do Sebrae, para atuarem no projeto, acompanha o lançamento do mesmo em todas as cidades, assim como o estudo de caso de cada pólo varejista. No Maranhão, o Sebrae já está trabalhando com o Comércio Varejista nas cidades de São Luís, Imperatriz, Pinheiro, Açailândia, Balsas, Santa Inês e Barreirinhas. “No evento de lançamento é apresentado aos empresários um diagnóstico do varejo da localidade, com problemas relacionados nas análises da equipe do Sebrae e no painel do consumidor, onde os clientes apontam os principais gargalos e entraves que observam nas lojas da porta para dentro”, destaca o consultor. Estatísticas Paulo Marcante apresenta alguns números estatísticos do varejo no Maranhão no que diz respeito à “taxa de conversão”: dos clientes que entram nas lojas, menos de 30% efetivam uma compra – um bom patamar seria acima de 40%; dos que não compram, 40% é por problemas no atendimento, 30% pela falta de produtos e 30% pelos preços praticados nas mercadorias. O olhar do consumidor também está atento para as conveniências que os lojistas ofertam aos seus clientes. Ou melhor: a falta delas. “Uma infra-estrutura mais adequada para a venda/compra; lojas desconfortáveis, mal arejadas, escuras e falta de banheiro, por exemplo, podem, hoje, ser fatores decisivos na hora de o consumidor escolher em qual loja comprará o que precisa”, revela Marcante. “No interior, o comércio varejista é forte e, se os empresários observarem que o projeto é bom, eles serão aliados do Sebrae nessa empreitada, que objetiva elevar a qualidade do segmento, trabalhando três vertentes singulares e interdependentes: gestão, vendas e marketing e infra-estrutura”, informa o consultor. Monitoramento O Comércio Varejista ainda será lançado em Bacabal (29.05), Pedreiras (30.05), Chapadinha (31.05), Tutóia (01.06), Caxias (04.06) e Timon (05.06). O monitoramento do projeto, que pertence à carteira da Geor (Gestão Estratégica Orientada para Resultados), partirá de uma marca “T” zero (com índices antes do projeto) e, após seis meses, será efetivada outra avaliação a ser apresentada aos empresários, com os resultados obtidos pela adoção de métodos, ferramentas e orientações das consultorias do projeto. “A previsão é que, após o lançamento do Comércio Varejista nas principais cidades-pólos do segmento no Estado, estejam em andamento no Sebrae de 30 a 40 turmas de cursos na área de Gestão de Negócios, Marketing e Vendas, demonstrando o interesse do empresariado em mudar e melhorar a sua realidade e potencial empreendedor, para solucionar os entraves do seu negócio e, consequentemente, aumentar a lucratividade de sua empresa”, ressalta Paulo Marcante.

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